sexta-feira, 7 de janeiro de 2011


Achei que aquela dor fosse durar para sempre, de tanto que doía.
Não era dor física, daquelas que a gente põe a mão pra amenizar.
Era dor de amor.
Não tive a sorte de um amor tranqüilo.
Sentia o coração sendo rasgado, em finos trapos, bem devagarinho.
Doendo... Rasgando... Ferindo... Sangrando...
E a cabeça só lembrava: você.
O chão que me faltou aos pés era o buraco em que eu queria me enterrar.
Mas queria viver! Viver pra te ensurdecer de tanto gritar eu te amo, explodir meus pulmões de tanto chorar, me matar pra ver se te matava, te matar pra ver se renascia.
Eu sorria quando tu sorrias, eu chorava quando tu choravas.
No fundo, só queria te fazer sentir aquilo que eu sentia, te sobreviver do meu amor.
Quantas vezes quis abrir teu peito, te arrancar o coração e colocar o meu no lugar.
Toma! Experimenta me amar como eu te amo. Toma!
Quantas vezes quis rasgar meu peito, te tirar lá de dentro e dizer:
vai! Segue teu caminho e esquece que eu existo, já não te preciso mais.
Me venci. Te matei em mim. Tudo ilusão...
Um amor desse tamanho não se mata assim.
Sonhei tantas vezes com o momento de te deixar que cheguei a te odiar.
Te amava e te odiava, te odiava mas te amava.
E te sufocava com meu desejo. E me viciava. E me afogava.
E me afundava.
Eu estava doente de você.
Passa, isso passa com o tempo, você dizia.
Hoje tenho que dizer que tens razão.
Ainda te amo.
Mas calmo, suave.
Ainda te amo.
Mas me permito amar outras pessoas.
Ainda te amo.
Mas me permito viver sem você.
Ainda te amo. Mas existo pra mim.
Mas ainda te amo.

domingo, 5 de setembro de 2010


"Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Voltar, depois, quase impossível"
Caio Fernando de Abreu

terça-feira, 3 de agosto de 2010


Eu não me acostumo sem seus beijos
E não sei viver sem seus abraços
Aprendi que pouco tempo é muito
Se estou longe dos seus braços
E por isso eu te procuro tanto
E te telefono a toda hora
Pra dizer mais uma vez "te amo"
Como estou dizendo agora

quinta-feira, 24 de junho de 2010


Quero você pra mim
seu beijo quente
seu jeito ardente
suas mãos tremulas

Quero você pra mim
com desejo insaciável
com o corpo suado
delirante implorando que te agarre

Quero você pra mim
a me falar no ouvido
querendo que eu seja sua

Quero você aqui
dizendo que me ama
através de seu corpo

Tamanha emoção
que nem uma palavra
seria capaz de sair da sua boca

Quero você aqui
explorando cada pedaço do meu corpo
cada detalhe dele seria seu
porque o mais importante dele
lhe pertence e você não percebeu

E sei que você procura incansavelmente
do lado de fora
examinando minuciosamente cada detalhe
explorando o meu corpo em cada parte

Mas o que já é seu está do outro lado
um lado que você só vai descobrir
quando perceber que a carne é pouco…
para todo o amor que quero lhe dar

quinta-feira, 29 de abril de 2010


Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa cravos.

Pablo Neruda

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vem,não demora


Perdido em pensamentos...
tudo sufoca meu ser...
a vontade de você é latente em mim
vem..