domingo, 5 de setembro de 2010


"Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Voltar, depois, quase impossível"
Caio Fernando de Abreu

terça-feira, 3 de agosto de 2010


Eu não me acostumo sem seus beijos
E não sei viver sem seus abraços
Aprendi que pouco tempo é muito
Se estou longe dos seus braços
E por isso eu te procuro tanto
E te telefono a toda hora
Pra dizer mais uma vez "te amo"
Como estou dizendo agora

quinta-feira, 24 de junho de 2010


Quero você pra mim
seu beijo quente
seu jeito ardente
suas mãos tremulas

Quero você pra mim
com desejo insaciável
com o corpo suado
delirante implorando que te agarre

Quero você pra mim
a me falar no ouvido
querendo que eu seja sua

Quero você aqui
dizendo que me ama
através de seu corpo

Tamanha emoção
que nem uma palavra
seria capaz de sair da sua boca

Quero você aqui
explorando cada pedaço do meu corpo
cada detalhe dele seria seu
porque o mais importante dele
lhe pertence e você não percebeu

E sei que você procura incansavelmente
do lado de fora
examinando minuciosamente cada detalhe
explorando o meu corpo em cada parte

Mas o que já é seu está do outro lado
um lado que você só vai descobrir
quando perceber que a carne é pouco…
para todo o amor que quero lhe dar

quinta-feira, 29 de abril de 2010


Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa cravos.

Pablo Neruda

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vem,não demora


Perdido em pensamentos...
tudo sufoca meu ser...
a vontade de você é latente em mim
vem..

terça-feira, 30 de março de 2010

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

Pablo Neruda